Sendo uma comunidade sem Grupo de
Amigos, uma comunidade morta, contamos também com a participação regular ou pontual
de uma dezena de Amigos que fazem a ponte entre a comunidade e a vida da
sociedade e levam de volta a riqueza humana que se vive na Comunidade.
- A primeira regra de qualquer comunidade EMAÚS é
“SERVIR PRIMEIRO O QUE MAIS SOFRE” e
ser financeiramente auto-suficiente. Por
esse motivo rejeitamos subsídios para viver, mas procuramos qualquer tipo de
colaboração que nos permita resolver os problemas que se nos deparam.
Em PORTUGAL, as comunidades fazem um trabalho simples de formigas :
A nossa actividade baseia-se essencialmente no
trinómio RECOLHAS-REAPROVEITAMENTO-VENDAS.
Recolhemos todo o tipo de produtos que se possa imaginar , numa casa, num
escritório ou numa oficina. Desse material- a que costumam chamar LIXO da sociedade- conseguimos
restaurar os móveis de madeira, roupas, loiças, electrodomésticos,livros,
reencaminhando ainda parte de alguns produtos para a sucata etc... mas o maior
milagre conseguido e que até hoje ninguém contabilizou é o “restauro” do
Companheiro que acompanha a revitalização da peça que vai restaurando e que
além de não parasitar a sociedade torna-se fonte de riqueza para os que mais
precisam.
- Somos o Companheiro que bate ao portão e a quem
se convida a entrar sem qualquer interrogatório ou preenchimento de ficha.
Vimos dos hospitais, da reinserção social, dos estabelecimentos prisionais (porque estão superlotados), e da rua. Sem nos conhecermos de lado algum, iniciamos
uma experiência comunitária única: vida- trabalho- pão- amizade.
O Companheiro chega com o
saco carregado de problemas- tantos quanto a sociedade tem conseguido produzir-
e começa a descobrir uma realidade extraordinária : NÃO SE PODE SER FELIZ SEM
OS OUTROS. De assistido ou mesmo parasita transforma-se lentamente no Homem Solidário
que partilha com os mais necessitados e apoia projectos locais ou em países
pobres.
Tudo com a forma mais simples : Trabalho e Partilha Comunitária.
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